A expectativa com relação ao quarto dia do julgamento dos acusados pela morte de Bernardo Uglione Boldrini é com o depoimento da ré Graciele Ugulini, madrasta do menino. Depois de Leandro Boldrini, ela será a segunda acusada a ser ouvida no júri popular. Ela depôs no final de abril de 2014, perante autoridade policial, mas esta será a primeira vez que falará em frente à imprensa e ao público que acompanha as sessões.
O advogado de Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos, não fez perguntas a Leandro Boldrini na tarde desta quarta, mesmo após o réu afirmar que a madrasta de Bernardo era a responsável por sua morte. “Eu acho que só tornaria mais polêmica a manifestação dele, porque é a versão apresentada por ele e eu me sustento na versão apresentada pela minha cliente. Nesta quinta será o momento de ela apresentar ao público a versão dela”, disse o representante. Segundo ele, Graciele não participou o ocorrido a Boldrini.
Vanderlei Pompeu de Mattos também criticou o que seria uma postura de “ódio” por parte da acusação. “Estou com uma espingardinha de pressão e a máquina estatal do Judiciário está com míssil, foguete, metralhadora. É todo um aparato estatal contra um defensor que está com sua cliente presa. Uma pessoa presa não pode fazer nada, então é uma disparidade violenta”, disse o advogado, que também negou qualquer possibilidade de conluio entre as defesas, que chegou a ser levantada em alguns momentos.