O Detran gaúcho esclareceu, em nota, que uma denúncia que partiu da autarquia deu origem à operação Transitório, deflagrada, nessa manhã, pela Polícia Civil. Movimentações irregulares no sistema, de acordo com o Departamento, levaram o órgão a pedir investigação. O prejuízo estimado com a fraude chega a R$ 450 mil em pagamentos que deixaram de ser feitos em multas, seguro, licenciamento e IPVA a partir da troca de dados de 322 placas de veículos, forjando regularização.
De acordo com a autarquia, pessoas de fora do órgão roubaram a senha de um servidor e a utilizaram fora do horário de expediente, sem o conhecimento dele. As operações foram apuradas a partir de uma auditoria interna, que identificou a irregularidade e encaminhou o dossiê para a Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Deat/Deic).
Ainda conforme a nota, um dos investigados chegou a ser credenciado ao Detran RS, quando fazia parte de um Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA), mas já havia sido desligado por fazer inserção de dados falsos no sistema.
Foram identificadas quase mil operações fraudulentas, dentre mudanças de proprietários, alterações de endereços de entregas dos documentos veiculares, mudanças de numerações de chassis, reativações de carros baixados, alterações de números de motor e Renavam, liberações para uso de diesel, liberações de restrições administrativas e transferências de automóveis de pessoas que já haviam morrido.
Hoje, foram presas três pessoas, em Porto Alegre e Santo Antônio das Missões, e cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em sete cidades. Foram apreendidos documentos, veículos e armas de fogo.