Os próximos meses serão complicados para Marcelo Medeiros e seus pares. Um dos efeitos imediatos da publicação na última segunda-feira dos resultados financeiros de 2017 – que apresentou um déficit recorde de R$ 62.5 milhões no ano – é, segundo algumas pessoas ouvidas pelo CP, a possibilidade de afastamento de todo o Conselho de Gestão eleito em dezembro de 2016, inclusive de Medeiros, por “gestão temerária”.
A medida poderia ser imposta pela Autoridade Pública de Governança do Futebol (Apfut), órgão que fiscaliza o cumprimento das contrapartidas dos clubes participantes do Profut. De acordo com a lei que regulamenta o financiamento, os clubes não podem apresentar um déficit superior a 20% do total da sua arrecadação do ano anterior. O Inter, em 2017, ultrapassou esse teto.
De acordo com integrantes da direção, a Apfut está sendo informada sobre o processo de reorganização administrativa e financeiras promovida pela atual gestão. “Estivemos lá (na agência) mais do que quatro vezes e eles estão a par da situação. Estão nos orientando de como fazer os procedimentos internos do clube e esperamos, até o final do ano, estarmos adequados ao Profut”, enfatizou ontem, em entrevista à Rádio Guaíba.