Pesquisa da CDL POA para o dia dos Namorados retrata novas formas de consumo

Levantamento mostra 12,2% pretendem presentear pessoas do mesmo sexo

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Mais do que uma data de apelo emocional, o Dia dos Namorados tem se consolidado como um termômetro das transformações nos hábitos sociais e econômicos da população. É o que mostra a pesquisa realizada pela CDL POA com consumidores porto-alegrenses, que revela uma geração conectada a novas formas de se relacionar – e de consumir.

A grande maioria dos entrevistados (80,3%) afirma estar em um relacionamento. Embora a monogamia ainda predomine (89,1%), cerca de 11% se identificam com vínculos não monogâmicos – entre esses, a divisão etária é equilibrada, com 48,4% entre 18 e 34 anos e 51,5% acima dos 35. Além disso, 12,2% pretendem presentear pessoas do mesmo sexo, comportamento mais frequente entre os mais jovens.

O varejo precisa estar atento a essas nuances. A diversidade das relações impacta diretamente a linguagem das campanhas, a personalização de produtos e a dinâmica das comemorações”, destaca o presidente da CDL POA, Irio Piva.

CANAIS DE ENCONTRO

A pesquisa ainda aponta uma mudança nos canais de encontro entre os casais. A maioria dos relacionamentos teve início fora do ambiente digital: 32,6% por intermédio de amigos ou familiares e 28,9% em ambientes coletivos como trabalho, faculdade ou academia. Apenas 15,5% mencionam aplicativos de relacionamento, indicando um uso mais comum entre jovens de 25 a 34 anos.

Outro dado relevante é o comportamento de compra: 44,4% dos consumidores deixam para adquirir o presente na semana da data, enquanto apenas 9,9% se planejam com um mês de antecedência. A maioria das compras ocorre em lojas de shopping (41,4%) ou online (31,9%), e o cartão de crédito parcelado é o meio de pagamento mais citado (34,5%).

A pesquisa oferece um retrato atualizado da sociedade, revelando como sentimentos, consumo e planejamento financeiro se entrelaçam. O Dia dos Namorados segue relevante para o varejo, mas em 2025 ele também é um espelho da pluralidade e da busca por equilíbrio nas relações pessoais e econômicas”, conclui Irio Piva.