5º Fórum de Energias Renováveis reunirá autoridades e especialistas no Teatro do CIEE

O evento vai ocorrer no dia 10 de junho em Porto Alegre, com foco no panorama do setor elétrico e nas novidades da indústria de baixo carbono

Foto: Mauro Schaefer / CP Memória

O 5º Fórum de Energias Renováveis ocorrerá no dia 10 de junho, das 8h às 18h, no Teatro CIEE, em Porto Alegre.

O evento é uma realização do Sindienergia-RS e do Correio do Povo e chega à sua 5ª edição em 2025. Na ocasião, o Sindienergia-RS vai receber autoridades públicas e empresários do setor elétrico e industrial para discutir o desenvolvimento dos modais renováveis e também as novidades da indústria de baixo carbono no Rio Grande do Sul.
As inscrições para o evento já estão abertas no Sympla. O ingresso é gratuito. Os nomes confirmados para esta edição serão divulgados em breve pelo Correio do Povo.

“O Sindienergia é o sindicato das indústrias, mas ele também é das empresas do setor das energias renováveis. A gente tem essa aptidão de reunir setor produtivo, setor público, terceiro setor, academia, para discutir não só o potencial como a necessidade. A gente vê que os tomadores de decisão concordam com este posicionamento, de sentar na mesa, de discutir políticas públicas, privadas, áreas de desenvolvimento, modelos de estudo”, afirma a presidente do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal.

Dentre os assuntos que serão abordados no 5º Fórum de Energias Renováveis está a nova indústria de hidrogênio verde, um setor que começa a se organizar no Brasil e promete ter um mercado aquecido a partir de 2035.

O hidrogênio poderá ser explorado no Brasil tanto para a exportação, como fonte de energia elétrica, quanto no mercado interno na produção de amônia, para a fabricação de fertilizantes.

“O Brasil, como um país continental, com diferenças sociais entre os estados, principalmente com diferenças físicas entre os estados, não vai ter um modelo só de geração de hidrogênio e de amônia. O principal consumidor de hidrogênio dentro do nosso mercado interno vai ser o agronegócio. Diferente dos estados do Nordeste, o Rio Grande do Sul tem um mercado agrícola muito forte, então com certeza vou ter que trazer uma parte disso para dentro de casa, para produzir amônia, para produzir fertilizantes”, afirmou Hilton Lucio, CEO da consultora ambiental Antea, em recente evento do Sindienergia-RS.

Outro tema que também estará presente será a indústria de energia eólica offshore (no mar), que já está prevista em lei no Brasil. O setor ainda aguarda estudos e regras complementares, que viabilizarão os primeiros leilões offshore, para tirar os projetos do papel.

Apesar dos interesses que geram até disputa territorial, os projetos offshore geram resistência da população e de ambientalistas.

“Nós temos visto em alguns fóruns e debates que as comunidades são totalmente contrárias ao desenvolvimento de eólicas offshore. Essas pessoas precisam ser inclusas no planejamento desde o início, não só pelas empresas como também pelo próprio setor regulador do desenvolvimento da geração de energia no Brasil”, refletiu Eduardo Wagner da Silva, Coordenador de Licenciamento Ambiental de Energia Nuclear, Térmicas, Eólicas e Outras Fontes Alternativas do IBAMA.