A estiagem segue atingindo milhões de gaúchos neste verão. Conforme a Defesa Civil Estadual, até o início da tarde desta quinta-feira 234 municípios haviam relatado problemas relacionados à falta de chuvas. Destes, 232 prefeituras decretaram situação de emergência. O objetivo da iniciativa é garantir recursos para ajudar as populações. Mais de 2,1 milhões sofrem com a falta de água. Para receber recursos é necessário que os decretos sejam reconhecidos pelo Governo do Estado e homologados pelo Governo Federal.
Bagé, na Campanha, é uma das 108 cidades que já cumpriu a primeira etapa. O reconhecimento do documento assinado pelo prefeito Luiz Fernando Mainardi em 28 de fevereiro vigora por 180 dias.
O déficit hídrico trouxe uma série de prejuízos para a população bageense. Dados da Estação de Tratamento de Água, do Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb) apontam que a Barragem da Sanga Rasa está 4,30 metros abaixo do normal. Já a Barragem do Piraí está 2,45 metros negativos e a Emergencial, a menor do município, está cheia. A cidade está com racionamento no abastecimento de água de 12 horas desde esta terça-feira.
A falta de chuvas também impacta o setor agropecuário do município. Conforme levantamento desenvolvido pelo escritório municipal da Emater, até o dia 11 de fevereiro o prejuízo era de R$ 77,26 milhões . Sendo mais de R$ 70.2 milhões na cultura da soja e outros R$ 7 milhões na bovinocultura de leite e de corte.
