Preços da cesta ABRAS subiram 9,96% no ano passado

Setor projeta para 2025 um crescimento de 2,7% no consumo das famílias

Crédito: Divulgação/CNI

O AbrasMercado – indicador que mede a variação de preços da cesta de 35 produtos de largo consumo – fechou 2024 em alta de 9,96%. Os preços passaram de R$ 722,57 em dezembro de 2023 para R$ 794,56 em dezembro de 2024, na média nacional. Os dados foram divulgados no monitoramento setorial da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

A expectativa do setor supermercadista para 2025 é de um crescimento de 2,7% no consumo das famílias, impulsionado pelo mercado de trabalho mais aquecido e a melhora na renda da população. A projeção reflete a tendência positiva observada nos últimos anos, em que o consumo doméstico se manteve em alta ao longo de todo o período.

Nos últimos três anos, o crescimento do consumo nos lares apresentou os seguintes índices: 3,89% em 2022, 3,09% em 2023 e 3,72% em 2024. Tradicionalmente, os meses de novembro e dezembro registram a maior aceleração, impulsionados pelo aumento da circulação de recursos na economia e pelo consumo sazonal relacionadas às festas de fim de ano.

FATORES CLIMÁTICOS

No último trimestre, fatores climáticos, aumento das exportações de carnes e a demanda interna mais aquecida elevaram os preços da cesta de proteína. As maiores altas no ano foram registradas na carne bovina – cortes do dianteiro (+25,25%) e do traseiro (+20,05%). As demais variações foram: pernil (+20,05%) e frango congelado (+8,26%). A menor variação ao longo do ano foi registrada nos preços dos ovos (-4,53%).

Entre os produtos básicos, a principal variação foi observada no café torrado e moído (+39,60%), seguido por óleo de soja (+29,22%), leite longa vida (+18,83%), arroz (+8,24%). Já as quedas foram puxadas pelo feijão (-8,58%) e açúcar refinado (-0,41%). Os preços dos hortifrutigranjeiros registraram deflação no ano: cebola (-35,31%), tomate (-25,87%), batata (-12,54%).

Na categoria de higiene e beleza a maior variação veio do xampu (+5,79%), seguida de creme dental (+3,07%). As quedas foram registradas em sabonete (-2,80%) e papel higiênico (-1,53%). Entre os produtos de limpeza, as altas foram puxadas por desinfetante (+1,61%) e água sanitária (+0,33%). Já as quedas foram: sabão em pó (-3,86%) e detergente líquido para louças (-0,28%).

A maior variação acumulada em 12 meses foi registrada no Centro- Oeste, com alta de 11,25%, elevando os preços de R$ 680,64 em dezembro de 2023 para R$ 757,23 no mesmo mês de 2024. No Sudeste, o aumento foi de 10,70%, passando de R$ 732,67 para R$ 811,09. O Nordeste apresentou variação de 8,66%, com valores subindo de R$ 649,80 para R$ 706,06. No Norte, a alta foi de 8,62%, com preços indo de R$ 792,74 para R$ 861,10. Já no Sul, a variação foi de 7,08%, onde os preços passaram de R$ 808,92 para R$ 866,17.

CESTA BÁSICA

No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve alta de 14,22%, passando de R$ 302,24 em dezembro de 2023 para R$ 345,23 em dezembro de 2024, na média nacional. Em Porto Alegre o valor chega a R$ 360,34. As maiores altas no ano foram registradas na carne bovina – cortes do dianteiro (+25,25%), café torrado e moído (+39,60%), óleo de soja (+29,22%), leite longa vida (+18,83%), arroz (+8,24%). Já as quedas foram puxadas pelo feijão (-8,58%) e açúcar refinado (-0,41%). As demais variações ao longo do ano foram: queijo muçarela (+3,75%), margarina cremosa (-5,24%), farinha de trigo (-2,75%), farinha de mandioca (-1,77%), massa sêmola de espaguete (-0,15%).