Mercado elogia conteúdo do comunicado

Para economistas o presidente do BC, Gabriel Galípolo, demonstrou que teve personalidade

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A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em elevar a taxa de juros brasileira de 12,5% para 13,25% trouxe um alívio. Gabriel Galípolo fez o que era o esperado, o necessário, e demonstrou que teve personalidade. Muitos consideravam que ele poderia ser um instrumento de manobra do governo Federal em particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

“Com essa atitude, o presidente do BC demonstra que, pelo menos até agora, está agindo baseado na razão e por princípios e fundamentos técnicos, o que é muito positivo em relação à saúde financeira do país, dentro do que cabe ao Banco Central. A questão agora é se perguntar até onde o aumento de juros vai ser capaz de conter os ânimos e resolver algo que inevitavelmente cabe ao fiscal”, comenta o economista Bruno Corano, da Corano Capital, de Nova Iorque.

 

Para Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital, vale destacar que a magnitude do ciclo total, a Selic terminal, o comunicado alerta que vai depender da dinâmica da inflação, ou seja, vão deixar a porta aberta e conforme evoluir a inflação, vão ajustando a Selic. “Acho que é o cenário mais correto mesmo, na minha opinião, a ser feito. Então, tudo em linha com o imaginado. No comunicado confirmam mais uma alta para março, e a partir daí deixam em aberto, o que é bom, porque até lá pode acontecer muita coisa para depois de março”.