Primeiro trimestre do ano terá aumento de 3,42% no consumo, diz Ibevar

Desempenho é estimado para todas as categorias setoriais

Crédito: Freepik

O desempenho do varejo nos próximos meses é medido pelos indicadores IBEVAR – FIA Business School com dados oficiais coletados pelo FIBGE, além de usar como base as manifestações espontâneas dos consumidores nas redes sociais a respeito de disposições de compra. Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School, tais dados refletem no consumo da família brasileira.

“Comparando o primeiro trimestre de 2025 com o quarto de 2024 a primeira abordagem aponta estagnação do consumo, ou seja, crescimento igual a zero. Entretanto, o primeiro trimestre de 2025 será melhor que igual período do ano passado, isto é, um aumento de 3,42%. Para todas as categorias na classificação do FIBGE estima-se expansão”, explica. 

CATEGORIAS 

Categorias  1t25 / 4t24  1t25 / 1t24 
Artigos farmacológicos, médicos, ortopédicos e perfumaria  1,13%  9,55% 
Materiais de construção  -0,65%  6,87% 
Automóveis, motos, partes e peças   -2,32%  12,80% 
Hipermercados, produtos alimentares, bebidas e fumo  -0,12%  2,29% 
Hipermercados e supermercados  -0,13%  2,82% 
Tecidos, vestuário e calçados  2,94%  7,83% 
Móveis e eletrodomésticos  -2,93%  1,67% 

 

Os levantamentos provenientes das redes sociais classificam o varejo em um número substancialmente maior de segmentos, permitindo uma visão mais detalhada, inclui-se na análise também operações de serviços (38 em vez de sete do FIBGE).  Dos 38 segmentos 25 apresentam queda do último trimestre de 2024 para o primeiro de 2025 e para 13 aumento. 

  2025-1T/2024-1T  2025-1T/2024-4T 
Aluguel de Carros  -24,05%  -20,61% 
Atacadistas  -5,36%  -9,92% 
Automóveis  -4,41%  -0,56% 
Bancos de Varejo  -5,43%  7,55% 
Bebidas Alcóolicas  5,19%  -10,21% 
Beleza e Cosméticos  -7,89%  -16,66% 
Brinquedos  0,28%  -14,44% 
Calçados  1,82%  -16,32% 
Casas de Aposta  -23,09%  11,35% 
Chocolates  -20,83%  -1,51% 
Cinema  -10,78%  12,89% 
Eletrodomésticos  -15,79%  -3,21% 
Eletroeletrônicos  -3,90%  0,31% 
Farmácias  -4,93%  4,03% 
Hotelaria  10,65%  -9,02% 
Informática  -10,07%  -4,87% 
Joalherias  6,95%  -19,92% 
Jogos Eletrônicos  1,60%  -5,99% 
Livrarias  15,49%  4,47% 
Loterias  -19,64%  0,54% 
Market Places  -13,06%  -0,13% 
Material de Construção  -3,38%  -0,91% 
Moda  15,17%  -13,57% 
Motocicletas  -32,94%  21,39% 
Móveis & Decoração  7,09%  -3,71% 
Móveis & Eletrodomésticos  -19,76%  -2,11% 
Óticas  -2,01%  -4,21% 
Papelarias  -8,82%  12,72% 
Passagens Aéreas  -6,52%  0,98% 
Passagens de ônibus  -10,60%  -6,42% 
Restaurantes de Rede  -10,13%  -2,06% 
Serviços de Delivery  -8,52%  -1,62% 
Serviços de Entrega  -0,46%  -4,20% 
Serviços de Streaming de Música  -12,66%  10,20% 
Serviços de Streaming de Vídeo  -9,32%  5,56% 
Serviços para Animais de Estimação  -6,09%  -4,96% 
Supermercados  -15,91%  -9,07% 
Telefonia  -6,96%  8,58% 

 

“Considerando o aumento de atrasos observado, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média (5,37%) e o limite superior (5,70%) do intervalo estimado, para o mês de janeiro de 2025”, completa Felisoni de Angelo.