Nesta sexta-feira, 20, o governo do Estado quitará a folha do 13º salário dos servidores do Executivo, mantendo o pagamento em dia da gratificação natalina desde 2021. Neste ano, metade do 13º foi antecipada para junho, como uma forma de auxílio aos mais afetados pelas enchentes e como uma das ações do Plano Rio Grande. Além disso, esse será o terceiro ano em que a folha será paga com algum tipo de antecipação.
Em 2021, o governo quitou três parcelas do 13º do ano anterior, em 28 de outubro, que estavam pendentes no parcelamento. Já o 13º de 2021 foi pago em duas parcelas (29/11 e 20/12). Foi a primeira vez que os valores foram pagos em dia desde 2015. O 13º de 2022 foi pago em duas parcelas e antecipado, sendo 50% em 30 de outubro e 50% em 30 de novembro. No ano seguinte (2023), 90% dos valores foram quitados em 20 de dezembro. Já em 2024, a antecipação começou em 7 de junho, quando foi paga a primeira metade do valor logo após as enchentes. A folha será quitada em 20 de dezembro.
O governador Eduardo Leite ressaltou a mudança de cenário a partir das reformas conduzidas já que, há poucos anos, o Estado tinha vários pagamentos em atraso, como salários, repasses a hospitais e prefeituras e com fornecedores. “Mesmo com alíquotas de impostos majoradas, o Estado não conseguia honrar seus compromissos básicos. Hoje, vivemos um outro cenário em relação às finanças públicas. Pagamos em dia e recuperamos a capacidade de investimento, o que se mostrou essencial para enfrentar a calamidade de maio e acelerar a reconstrução com o Plano Rio Grande”, destacou Leite.
ECONOMIA GAÚCHA
Segundo o Tesouro do Estado, considerando os R$ 930 milhões pagos em junho e os cerca de R$ 1,1 bilhão desta segunda parcela, o 13º de 2024 colocará R$ 2 bilhões na economia do Estado neste exercício, sendo que parte já foi utilizada pela população para mitigar os efeitos das cheias e o restante deve auxiliar no planejamento financeiro do fim de ano. A antecipação de junho, somada a outras medidas, foi um dos motivos que auxiliaram o Estado a alavancar a economia e a recuperar a arrecadação.
Mesmo com a normalização dos pagamentos de curto prazo, o Rio Grande do Sul segue com enormes passivos, com precatórios e dívida com a União, que passam de R$ 100 bilhões.