Ônibus voltam a circular na região Metropolitana após três horas de greve dos rodoviários

Paralisação atingiu ao menos oito cidades próximas a Porto Alegre

Paralisação começou nas primeiras horas da manhã desta segunda | Foto: Camila Cunha

Os ônibus que atendem a região Metropolitana de Porto Alegre começaram a voltar a circular três horas depois do início da greve dos rodoviários nesta segunda-feira. A garantia é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana (Sindimetropolitano), Alessandro Araújo. “O pessoal saiu da frente das garagens e o coletivos devem começar a circular a partir de agora”, disse.

Segundo Araújo, será realizada a partir das 17h desta segunda uma mediação no Tribunal de Justiça em Porto Alegre para resolver a questão salarial. A sessão será conduzida pelo vice-presidente do Tribunal, desembargador Alexandre Corrêa da Cruz.

Um dos integrantes do Sindimetropolitano, Agenor Fernando da Luz, comentou que a categoria espera um resolução da questão salarial para hoje. “Precisamos ter um retorno positivo desta questão nesta segunda-feira, caso contrário faremos uma nova paralisação nesta terça”, avisou em contato com o Correio do Povo.

Motivação salarial
O motivo para a paralisação desta segunda está no dissídio que precisa ser pago e que deveria ter ocorrido há oito meses. O valor total aproximado seria de R$ 1,2 mil para cada trabalhador. Seriam cerca de 4 mil rodoviários sem o reajuste.

“Nós temos uma diferença salarial para receber. Faz oito meses que estes valores estão atrasados depois do acordo que foi feito entre sindicato e empresas. Como veio a enchente, a gente foi negociando e ‘empurrando com a barriga’. Isso chegou a ser acertado três vezes e a última data era a de hoje, dia 16”, relatou Agenor da Luz.

Conforme Luz, houve um retorno de representantes das empresas na última sexta-feira, mas que não foi positivo. “O que nos disseram é que não conseguiram pagar essa diferença salarial e nem saberiam se poderiam pagar o 13º salário. O trabalhador, contando com esse dinheiro, não teve outra alternativa a não ser paralisar e assim fizemos”, contou.