Melo adia reforma administrativa para janeiro e mantém três secretários

Prefeito reeleito em Porto Alegre informa que deixará mudanças de estruturas para o ano que vem, confirma permanências e adianta nova pasta

Foto: Pedro Piegas/PMPA/Divulgação

Reeleito em Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo (MDB) deve deixar a reforma administrativa para 2025. Com dificuldades de administrar as demandas da extensa coligação vencedora da eleição sem inchar a máquina pública e aumentar despesas, Melo anunciou que irá respeitar “o encerramento do ano eleitoral” e enviar apenas “em janeiro à Câmara Municipal o projeto de lei com as mudanças na estrutura administrativa”.

O prefeito afirmou ainda, via redes sociais, que essas alterações “serão ajustes pontuais a fim de fazer mais e melhor pela cidade”.

O emedebista também anunciou a permanência de três de seus principais aliados durante esses quatro anos à frente da prefeitura da Capital e também durante a campanha eleitoral.

André Coronel, seu chefe de gabinete, coordenador de campanha e braço direito, irá assumir uma nova pasta, que deve ser criada no ano que vem: a Secretaria Geral de Governo.

“Terá papel importante na integração das áreas da prefeitura, agregando celeridade na tomada de decisão para que os serviços e investimentos tenham ritmo.”

Além dele, dos secretários serão mantidos: Cássio Trogildo (Podemos) fica na pasta de Governança Local e Coordenação Política e André Machado (PP), atual titular, da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, será mantido na área.

Porém, a tendência é que a secretaria seja suprimida em uma fusão com o Departamento Municipal de Habitação (Demhab), que incorporaria a prerrogativa da regularização fundiária. A união dos dois setores já vinha sendo ventilada durante a transição. Melo considera que há um “sombreamento” entre as funções da secretaria e do departamento.

“O Demhab é muito forte, tem história. Essa fusão vai acelerar os processos do ponto de vista burocrático. Tem muito fruto a ser colhido no próximo mandato. A parte mais difícil, de ‘plantio’, passou. Agora é cuidar para que os projetos andem bem”, afirmou Machado.
Ele considera essa renovação de contrato uma “consequência natural do trabalho, tenho transitado tanto com servidores do departamento quanto com as comunidades”.