Moradores do bairro Ana Rech procuraram o Ministério Público (MP) na tarde desta segunda-feira para relatar graves problemas na tubulação da rede de esgoto na Avenida Rio Branco que segue até a “rua do cemitério” (José Tomielo). A situação coloca em risco o muro da Clínica Paulo Guedes e prejudica o andamento do restauro do Capitel Santo Antônio, construído em 1901.
Segundo os moradores, que levaram documentos e imagens ao promotor de Justiça Adrio Gelatti para serem anexadas ao processo, o afundamento e deterioração da rede traz muitos transtornos e coloca pedestres em risco. Metade de uma rua está interditada devido ao risco de o muro da clínica desabar.
A rede de tubulação que precisa de reparos tem cerca de 200 metros de extensão e parte da Avenida Rio Branco, perto da Igreja Católica. A própria Defesa Civil já foi notificada pela Clínica Paulo Guedes do risco de queda do muro, devido ao problema da rede de escoamento.
As medidas tomadas até o momento pelo município são apenas paliativas, alegam os representantes, porque em até dois meses os problemas retornam e acabam sendo agravados pelas chuvas, ampliando os riscos por causa da abertura de fendas e buracos.
A situação vem sendo acompanhada pelo vereador Rafael Bueno, que marcou a reunião no MP. Participaram do encontro a arquiteta Diana Maria Gil, uma das idealizadoras do restauro do capitel, o engenheiro Rudimar Mazzuchini e o administrador da clínica, Nelson Vicenzi.
O promotor Adrio Gelatti destacou que foi dado encaminhamento para providências serem tomadas, com encaminhamento de ofício à Secretaria Municipal de Obras. No documento, será solicitado prazo de 10 dias para que o órgão informe sobre o problema da infraestrutura do escoamento das águas pluviais da Avenida Rio Branco.
“São vários problemas numa situação, que vão desde a infraestrutura, os riscos às pessoas e ao patrimônio histórico. Esperamos que o município traga as respostas que os moradores de Ana Rech precisam e de forma proativa”, destacou o vereador Bueno.