Seca eleva preços de hortigranjeiros na Ceasa/RS

Dos 35 produtos principais analisados semanalmente, 13n apresentaram alta

Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da CEASA/RS, 13 apresentaram produtos estáveis em preços, 13 em alta e 09 em baixa. O período foi marcado por uma boa procura de hortigranjeiros, por estar na primeira dezena de dias do mês, e a população, de uma maneira geral, está com maior poder aquisitivo por ter recebido os ordenados.

O mercado foi muito influenciado pela ação do clima em outros estados, como, por exemplo, a estiagem que vem afetando a produção de legumes oriundos do estado do Espírito Santo, onde se tem reduzido fortemente os volumes ofertados e impulsionando os preços para cima. Por outro lado, a produção gaúcha segue ofertando produtos em bom volume e com alta qualidade, mantendo os preços dos produtos gaúchos em patamares menores, como tem acontecido no caso das folhosas.

O destaque do momento é o mercado da cebola, onde essa mercadoria está sendo comercializada a um preço muito abaixo do habitual (R$ 2,00/kg), devido aos grandes volumes colhidos no Sudeste e Nordeste.  Já o Limão Tahiti tem o preço subindo constante no mercado nacional, sendo que a cotação dessa fruta no mercado gaúcho é diretamente influenciado pelo mercado do Sudeste. Os preços – De R$ 5,00 para R$ 7,22/Kg (44,40%) – têm apresentado elevação no mercado nacional, pois, com as altas das temperaturas, a demanda por limão aumenta consideravelmente.

O preço do tomate longa vida também tem sido balizado pelo preço do mercado de outros estados, pois, nesse período do ano, o mercado gaúcho se abastece das produções de outros estados. O término de cultivos em estados como o Rio de Janeiro e Minas Gerais, que apresentam importância no mercado do tomate, influenciou os preços – de R$ 4,44 para R$ 5,55/Kg (25,00%) – dessa mercadoria, ocasionando altas, pois os volumes de produto no mercado diminuíram, resultando em altas nos preços.

No caso do chuchu comercializado nessa época do ano na Ceasa/RS, o produto tem origem no Espírito Santo, sendo que o estado capixaba foi fortemente afetado pela estiagem, que causou redução na produtividade em função do abortamento de flores e frutos. Isso diminuiu a oferta de mercadoria, ocasionando em alta nos preços – De R$ 2,00 para R$ 3,00/Kg (50,00%). Assim como acontece no caso do chuchu, a maioria do pimentão comercializado na Ceasa/RS também vem do Espírito Santo e a tendência é de que o preço – De R$ 6,00 para R$ 9,00/Kg (50,00%) diminua quando a oferta de pimentão gaúcho aumentar.