O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (8) o nome do economista Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Galípolo teve 66 votos favoráveis, 5 votos contrários. Mais cedo, a aprovação da indicação na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) foi unânime. Ele irá substituir Roberto Campos Neto na chefia da autoridade monetária e terá mandato de quatro anos a partir de 1º de janeiro de 2025. O plenário analisou a indicação de Galípolo à presidência do Banco Central em regime de urgência.
Durante a sabatina, Galípolo abordou questões como a política monetária, o combate à inflação e a independência do Banco Central, reforçando o compromisso com uma gestão orientada pelos interesses do povo brasileiro.
Ele também destacou a importância de um diálogo constante entre a autarquia e outras esferas do governo para assegurar a estabilidade econômica.
Indicação de Galípolo foi oficializada em agosto
A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central foi formalizada pelo governo federal em 28 de agosto. Atualmente, Galípolo é diretor de Política Monetária do Banco Central. O atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que foi nomeado durante o governo de Jair Bolsonaro, permanecerá no cargo até o final de seu mandato, em 31 de dezembro deste ano.
Galípolo já atua como diretor de Política Monetária do Banco Central, cargo para o que foi indicado por Lula em 2022 e aprovado pelo Senado. Ele já trabalhou no Centro Brasileiro de Relações Internacionais, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e no Banco Fator. Além disso, foi secretário de Economia e de Transportes do estado de São Paulo.
No dia que sua indicação foi oficializada, em declaração à imprensa, Galípolo ressaltou a honra e a responsabilidade de ter sido indicado para o cargo de presidente do Banco Central pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Lula.
Primeira sabatina de presidente do BC com mandato fixo
Gabriel Galípolo assumirá a presidência do Banco Central a partir de janeiro de 2025, substituindo Roberto Campos Neto. Esta é a primeira indicação para o cargo após a promulgação da Lei Complementar 179, de 2021, que aumentou a autonomia da instituição e fixou mandatos para seus diretores.
Uma vez na presidência, um presidente do BC só pode ser exonerado em quatro situações: no pedido próprio, por incapacidade decorrente de enfermidade, após declarações judiciais definitivas, ou se o desempenho for considerado insuficiente para atingir os objetivos da instituição. Neste último caso, a exoneração precisa ser aprovada pela maioria absoluta do Senado.