Nesta terça-feira (8), Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para presidir o Banco Central, foi, por unanimidade, ou seja, 26 votos, aprovado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. Os senadores aprovaram ainda um requerimento de urgência para que a análise siga agora ao plenário do Senado.
O economista agora aguarda a última etapa do processo, com a votação no plenário do Senado, onde seu nome será submetido à análise final.
Durante a sabatina, Galípolo abordou questões relevantes sobre a política monetária, combate à inflação e a independência do Banco Central, reforçando seu compromisso com uma gestão orientada aos interesses do povo brasileiro. Ele também destacou a importância de um diálogo constante entre a autarquia e outras esferas do governo para assegurar a estabilidade econômica.
A aprovação de Galípolo na CAE já era esperada, e a expectativa é de que ele seja confirmado com ampla maioria no plenário. Caso aprovado, ele assumirá a presidência do Banco Central em janeiro de 2025, substituindo Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no final deste ano.
A indicação de Gabriel Galípolo avança como uma prioridade do governo, que busca consolidar sua escolha para a liderança do Banco Central.
Indicação de Galípolo foi oficializada em agosto
A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central foi formalizada pelo governo federal em 28 de agosto. Atualmente, Galípolo é diretor de Política Monetária do Banco Central. O atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que foi nomeado durante o governo de Jair Bolsonaro, permanecerá no cargo até o final de seu mandato, em 31 de dezembro deste ano.
Galípolo já atua como diretor de Política Monetária do Banco Central, cargo para o que foi indicado por Lula em 2022 e aprovado pelo Senado. Ele já trabalhou no Centro Brasileiro de Relações Internacionais, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e no Banco Fator. Além disso, foi secretário de Economia e de Transportes do estado de São Paulo.
No dia que sua indicação foi oficializada, em uma breve declaração à imprensa, Galípolo ressaltou a honra e a responsabilidade de ter sido indicado para o cargo de presidente do Banco Central pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Lula. No entanto, destacou que a aprovação ainda depende do Senado, motivo pelo qual prefere ser breve.
Primeira sabatina de presidente do BC com mandato fixo
Se aprovado pelo Senado, Gabriel Galípolo assumirá a presidência do Banco Central a partir de janeiro de 2025, substituindo Roberto Campos Neto. Esta é a primeira indicação para o cargo após a promulgação da Lei Complementar 179, de 2021, que aumentou a autonomia da instituição e fixou mandatos para seus diretores. De acordo com o artigo 52 da Constituição, a indicação de qualquer diretor do Banco Central passa por sabatina e votação secreta no Senado, tanto na CAE quanto no Plenário.
Um presidente do BC só pode ser exonerado em quatro situações: no pedido próprio, por incapacidade decorrente de enfermidade, após declarações judiciais definitivas, ou se o desempenho for considerado insuficiente para atingir os objetivos da instituição. Neste último caso, a exoneração precisa ser aprovada pela maioria absoluta do Senado.