Foi encerrado o trabalho do navio Vital de Oliveira, que estava atracado no Porto do Rio Grande. O objetivo da iniciativa era pesquisar como auxiliar nas condições de navegabilidade tanto da Lagoa dos Patos, como do Lago Guaíba após as enchentes que atingiram o Estado neste ano.
Segundo informações da Marinha, ao longo desta fase de coleta de dados, que durou em torno de uma semana, para o planejamento do levantamento hidrográfico na região de Rio Grande a Porto Alegre foram observados cerca de 150 auxílios à navegação, 18 estações maregráficas e fluviométricas, identificados o contorno de costa de oito regiões de interesse para a atualização cartográfica. Além disso, foram verificados outros três locais para instalação de novas estações maregráficas e fluviométricas.
Todos os dados coletados foram repassados à Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha (DHN), que é responsável pela produção e divulgação de informações de segurança da navegação e do ambiente marinho. Parte dos técnicos que desembarcou em Rio Grande seguiu para Porto Alegre por terra, onde embarcaram em um navio menor, o balizador Comandante Varella, pertencente ao 5º Distrito Naval para que pudessem realizar o monitoramento e enviar os dados ao Vital de Oliveira.
As informações devem auxiliar no planejamento da sondagem batimétrica do canal principal, no trajeto marítimo entre Rio Grande e Porto Alegre. O planejamento da sondagem batimétrica será realizada, posteriormente, pelo Navio Hidroceanográfico “Amorim do Valle”, de menor porte e apto à continuidade das atividades.
O navio hidrooceanográfico Vital de Oliveira além de ser a maior embarcação de pesquisa da Marinha e o mais moderno do país com 28 equipamentos científicos, conta com tripulação de 90 militares e capacidade de receber até 40 pesquisadores. Ele também possui um guincho geológico que vai a oito quilômetros de profundidade e um veículo operado de forma remota, que é um mini submarino capaz de ir até cinco mil metros de profundidade.