A mãe da menina Kerollyn Souza Ferreira, encontrada morta dentro de uma lixeira em Guaíba, teria admitido à Polícia Civil que medicava a filha com calmantes. A mulher, de 29 anos, está presa temporariamente. Ela nega o homicídio da criança, apesar de ser considerada a principal suspeita do crime.
A vítima tinha apenas nove anos. Na última sexta-feira, o corpo dela foi localizado por recicladores no interior de um contêiner de lixo, no bairro Cohab Santa Rita, próximo a uma escola de ensino infantil.
Em depoimento, a mãe da criança teria confessado que administrou sedativos à pequena na noite anterior aos fatos. A menina teria sido dopada com o medicamento clonazepam, que também é conhecido como Rivotril.
O remédio é um ansiolítico com propriedades sedativas que inibem as funções do sistema nervoso central. A droga é indicada para o tratamento de distúrbios de ansiedade, transtorno generalizado, síndrome do pânico, inquietação, entre outros. A compra só é possível por meio de uma receita médica especial, que fica retida na farmácia. Isso porque a droga gera risco de dependência e, se consumida em excesso ou misturada com outros químicos, também podem causar intoxicação.
A mulher admitiu ter dopado a filha em casa, por volta das 22h de quinta-feira. Ainda conforme o relato dela, ao acordar na manhã seguinte, ela não encontrou a criança no imóvel.
Quando questionada o porquê de drogar a filha, a mãe teria citado o suposto comportamento agressivo da menina como motivo. A mulher disse que a criança surtava, ficava violenta e “endiabrada”, além de agredir os outros irmãos, de três, cinco e 13 anos. Ela teria justificado que dopar a menina, mesmo sem acompanhamento médico, seria a única forma de acalmá-la.