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Prédios no Centro Histórico ainda enfrentam dificuldades para religar a energia elétrica, três meses após a enchente de maio

Alguns proprietários, em diferentes pontos da região central, ainda dependem de geradores de energia

Para a maioria, os equipamentos permitem o funcionamento das lojas, mas também implicam em uma série de problemas. - Foto: Vanessa Pedroso/Rádio Guaíba

Três meses após a enchente que atingiu o Estado, vários estabelecimentos comerciais continuam sem o abastecimento de luz, no Centro Histórico de Porto Alegre. Alguns proprietários, em diferentes pontos da região, ainda dependem de geradores de energia. Para a maioria, os equipamentos permitem o funcionamento das lojas, mas também implicam em uma série de problemas.

Entre eles, a presença constante do barulho das máquinas. Conforme Ana Paula Mesquita Escalabrin, que há 40 anos mantém uma loja de roupas na Galeria Sete de Setembro, o som dos geradores, muitas vezes, afasta os clientes. Segundo ela, no local, a água atingiu um metro e sessenta, o que ocasionou uma série de estragos, além da perda de mais de três mil peças de mercadoria. Ela salienta que nenhum dos comerciantes recebeu uma estimativa da CEEE Equatorial sobre o retorno da energia elétrica.

Além do barulho, outra queixa dos lojistas é a interrupção repentina dos geradores. Conforme Érick da Silva, que trabalha em uma loja de aparelhos eletrônicos, a queda de energia é constante, o que prejudica o andamento do trabalho. Ele conta que já chegou a ficar três dias sem energia no local.

Roberto News, que há 43 anos comercializa itens variados em uma loja na mesma galeria, reforça que a situação no local é complicada. Ele conta que perdeu todas as mercadorias na enchente e que teve que reconstruir a loja do zero. Roberto destaca que ainda contabiliza os prejuízos, que já ultrapassam os R$120 mil.

O problema na rede de alimentadores da CEEE Equatorial também afeta o funcionamento de prestadores de serviços no entorno na galeria, como é o caso da Auxiliadora Predial. Segundo o vice-presidente da empresa, Christian Voelcker, o grande problema com os geradores são as paradas sem aviso prévio. Atualmente, o local funciona com 80% das operações de forma presencial, com o restante em regime remoto ou realocado em outras agências da rede. Ele ressalta que, sem um prazo para resolução do problema, não há previsão para o retorno total das atividades na unidade.

Em nota, a CEEE Equatorial informou que faz uso de geradores para garantir o fornecimento de energia elétrica para os clientes localizados na Galeria de Sete de Setembro e no entorno, e que as equipes da Distribuidora atuam para regularizar o abastecimento no local, sem pontuar um prazo para conclusão do trabalho.

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