Inter: ‘custo com futebol’ alcançou R$ 20,4 milhões entre janeiro e março

Valor foi divulgado nesta quinta-feira no Portal da Transparência e inclui o pagamento de salários, encargos e direitos de imagem de jogadores e comissões técnicas

Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional / Divulgação

Em busca de um título para encerrar o jejum, o Inter investiu na formação de um time recheado de estrelas. As taças ainda não vieram, mas a conta já chegou. Entre janeiro e março, o clube gastou R$ 61,2 milhões com o pagamento de salários, direitos de imagem e encargos trabalhistas e previdenciários dos jogadores e das comissões técnicas, incluindo categorias de base e futebol feminino. Ou seja, gastou em média R$ 20,4 milhões por mês, um recorde absoluto.

No mesmo período do ano passado, o “custo com futebol” foi de R$ 41,8 milhões (média de R$ 13,9 milhões por mês). Em 2022, um pouco maior: R$ 46,8 milhões, com R$ 15,6 milhões de média.

Os R$ 61,2 milhões equivalem a 27% do orçamento proposto para o futebol em 2024. Portanto, será necessária uma pequena adaptação nos nove meses seguintes para o atingimento da meta de despesas. De certa forma, o clube já está fazendo isso com as saídas confirmadas de Maurício, Aránguiz, Hugo Mallo e Matheus Dias. Além deles, outros devem sair, reduzindo a folha salarial no segundo semestre.

Também ontem foi divulgado o balancete entre janeiro e março. Neste período, o Inter apresentou um déficit de R$ 71,2 milhões. O resultado foi ainda pior até abril (dado que não consta no Portal da Transparência, mas já foi avaliado em reunião do Conselho Deliberativo), quando o déficit atingiu R$ 98,6 milhões.

Os números, tanto do balancete como do “custo com futebol”, foram divulgados nesta quinta-feira no Portal da Transparência, apenas algumas horas após a publicação de matéria no Correio do Povo informando a demora das atualizações da ferramenta. Até a quinta-feira, apenas os números referentes a 2023 constavam no Portal.