Déficit em conta corrente atinge US$ 4,0 bilhões em junho, afirma BC

No ano passado inticador somou US$ 182 milhões em junho

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As transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$ 4,0 bilhões em junho de 2024, ante déficit de US$182 milhões em junho de 2023. Na comparação interanual, o saldo comercial recuou US$ 3,3 bilhões e os déficits em serviços e renda primária aumentaram US$399 milhões e US$46 milhões. Os dados das Estatísticas Externas foram divulgados nesta quinta-feira, 25, pelo Banco Central

O superávit da renda secundária reduziu US$148 milhões. O déficit em transações correntes nos 12meses encerrados em junho de 2024 somou US$31,5 bilhões (1,41% do PIB), ante US$27,6 bilhões (1,23% do PIB) no mês anterior e US$39,3 bilhões (1,93% do PIB) em junho de 2023. A balança comercial de bens foi superavitária em US$6,0 bilhões em junho de 2024, ante saldo positivo de US$9,3 bilhões em junho de 2023. As exportações de bens somaram US$29,3 bilhões, redução de 1,8% na comparação interanual, enquanto as importações de bens aumentaram 13,2%, na mesma base de comparação, totalizando US$23,3 bilhões.

CONTA DE SERVIÇOS

O déficit na conta de serviços totalizou US$4,1 bilhões no mês, ante déficit de US$3,7 bilhões em junho de 2023, aumento de 10,7%. Na mesma base, cresceram as despesas líquidas de serviços de propriedade intelectual, 82,8%, totalizando US$793 milhões; e transportes, 18,2%, somando US$1,4 bilhão. As despesas líquidas com viagens internacionais recuaram 18,5%, para US$740 milhões, resultado de reduções de 12,4% (US$1,2 bilhão) nas despesas e de 1,5% nas receitas (US$500 milhões).

O déficit em renda primária somou US$6,2 bilhões em junho de 2024, ligeiramente acima do déficit de US$6,1 bilhões de junho de 2023. As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$3,9 bilhões, ante US$3,6 bilhões em junho de 2023, aumento de 5,9% na comparação interanual. As despesas líquidas com juros somaram US$2,3 bilhões, 5,5% inferiores aos US$2,5 bilhões ocorrido em junho de 2023.

INVESTIMENTOS

Os investimentos diretos no país (IDP) somaram ingressos líquidos de US$6,3 bilhões em junho de 2024, ante US$2,0 bilhões em junho de 2023. Os ingressos líquidos em participação no capital atingiram US$4,3 bilhões, compreendendo US$2,1 bilhões em participação no capital exceto lucros reinvestidos, e US$2,2 bilhões em lucros reinvestidos. As operações intercompanhia somaram ingressos líquidos de US$2,0 bilhões. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$70,3 bilhões (3,15% do PIB) no mês, ante US$66,0 bilhões (2,95% do PIB) em maio e US$67,0 bilhões (3,29% do PIB) em junho de 2023.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos de US$554 milhões em junho de 2024, resultado de saídas líquidas de US$1,2 bilhão em ações e fundos de investimento e ingressos líquidos de US$1,7 bilhão em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em junho de 2024, os investimentos em carteira totalizaram ingressos líquidos de US$45 milhões.

As reservas internacionais somaram US$357,8 bilhões em junho de 2024, incremento de US$2,3 bilhões em relação ao mês anterior. O aumento decorreu, principalmente, de contribuições positivas de variações por preços, US$1,8 bilhão, e de receitas de juros, US$716 milhões. A variações por paridades contribuíram para reduzir o estoque de reservas em US$624 milhões.