Dois meses após ser inundada, a Vila Asa Branca, no bairro Sarandi, demonstra recuperação. As ruas, aos poucos, estão sendo desobstruídas. A maior parte das moradias afetadas estão novamente habitadas. E o retorno da operação na estação de bombeamento do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) que atende à região devolve, em parte, a tranquilidade levada pela água.
Na tarde desta terça-feira, caminhões e retroescavadeiras que atuam na força-tarefa do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) retiravam os móveis e demais materiais descartados por moradores da rua Farroupilha. Conforme a dona de casa Elisângela Machado, finalmente é possível caminhar pela via sem desviar do lixo.
“Sem água e sem sujeira depois de meses, espero que tudo isso tenha ficado para trás”, comenta Elisângela.
Outra boa notícia para aquela comunidade da zona Norte da Capital é a retomada da Estação de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebap) 21. A estrutura foi a última entre as 23 casas de bombas do município a ser religada, no início desta semana. Ainda que operando com apenas 50% da capacidade, quem mora na Asa Branca diz dormir mais tranquilo.
“Apesar de não ter dado conta, ter a bomba ligada é melhor que desligada”, diz o serralheiro Roberto Brum Torres, 56 anos, que mora com dois netos, de 8 e 14 anos, praticamente ao lado da Ebap 21.
De acordo com o DMLU, a força-tarefa atua nesta terça-feira em 21 locais atingidos pelas inundações de maio e junho, sendo priorizadas áreas da zona Norte de Porto Alegre. As atividades são coordenadas pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb).
As equipes trabalham em três turnos, das 8h às 23h. Além da coleta de entulhos, é realizada a raspagem de lodo acumulado, lavagem e varrição de vias.
Para quem ainda tem descartes pós-enchente a fazer, opção é buscar um dos três pontos bota-espera montados pela cidade. Um destes locais está localizado no bairro Sarandi, na rua Sérgio Jungblut Dieterich, 1201 (próximo da avenida Severo Dullius) e funciona das 8h às 22h.