Quem o conhecia sabia da sua dinâmica e eletricidade. Ayrton Patineti dos Anjos era uma das figuras mais proeminentes do cenário musical porto-alegrense e gaúcho, sendo um dos responsáveis por descobrir a voz e o talento inconfundível de Elis Regina e um dos caras que mais gravou discos de caras da música regional gaúcha. Foram mais de 500 gravações, tanto que ele tinha dois grandes bordões utilizados à exaustão em sua vida e que comprovavam esta verve alucinada de produtor e agitador cultural: “Eu fico louco” e “Eu gravo”.
Aos 81 anos, o produtor musical morreu em Porto Alegre neste domingo em decorrência de complicações de infecção urinária. Em 9 de abril, ele havia tido baixa hospitalar por duas semanas por causa desta infecção, quando se sentiu mal no lançamento do livro “Homo Zapiens”, do amigo de mais de cinco décadas, Luiz Coronel, realizado no Theatro São Pedro. O São Pedro será o local do velório de Ayrton, aberto ao público, nesta segunda-feira, 17 de junho, das 10h às 16h.