A Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) vai estudar a contratação de uma batimetria para identificar o acúmulo de minerais, areia e resíduos em rios da região, em resposta ao problema do assoreamento verificados nos mananciais que abastecem as cidades metropolitanas.
Batimetria é uma técnica utilizada para determinar a profundidade de corpos aquáticos, como barragens, lagos, rios, mares e até oceanos. O trabalho da Granpal agora é encontrar uma empresa para identificação, dragagem ou desassoreamento dos rios. De acordo com o presidente da associação e prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, foi solicitado à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) que realizasse a mineração no rio Guaíba em um prazo mais rápido.
“No entanto, a Fepam precisa avançar em questionamentos judiciais que está envolvida para a autorizar a mineração, e isso só será possível após a conclusão do zoneamento, prometido para o final deste ano. Após ser liberado, poderá ser feita a mineração e dragagem do Guaíba”, diz Maranata.
Segundo o ele, os municípios não têm condições de arcar com os custos desta operação, especialmente com a perda de arrecadação que estão enfrentando e as dificuldades para manter e organizar as cidades, retirar resíduos, restituir escolas e empresas. “Nós não temos recursos para essas dragagens, mas precisamos saber os valores necessários para poder reivindicar ao governo federal e buscar recursos com o governo estadual para retirar esse material dos leitos dos rios,” destaca Maranata.
A batimetria vai permitir identificar onde estão localizados os resíduos no entorno das cidades e, a partir dessa identificação, buscar o dinheiro necessário para a operação. “Estaremos evitando grandes gastos como os provocados com as cheias”, disse o presidente da Granpal.