O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), foi indiciado pela Polícia Federal por participação em suposto esquema de desvios de emendas parlamentares envolvendo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), segundo informações da CNN. Juscelino é suspeito de ter cometido os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As conclusões da investigação da PF foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) nessa terça-feira, 11. O relator da ação é o ministro Flávio Dino, ex-colega de Juscelino no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O documento precisa ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o órgão avalie se denuncia, arquiva ou se pede à PF novas diligências.
Durante a investigação, Juscelino depôs à PF em maio. O ministro defendeu a regularidade da destinação de emendas e criticou a investigação e a condução do depoimento por um delegado da corporação. Na ocasião, Juscelino fez chegou a comparar a condução da investigação com a operação Lava Jato.
Bloqueio e afastamento
Em setembro de 2023, o então relator da investigação, ministro Luís Roberto Barroso, já havia bloqueado R$ 835 mil do ministro. O magistrado também afastou do cargo a prefeita do município de Vitorino Freire (MA), Luanna Martins Bringel Rezende, permitindo que ela retornasse ao cargo dias depois. Irmã de Juscelino, ela também é investigada no caso.