Inadimplência sobe 4,5% no primeiro trimestre, diz Boa Vista

Na variação mensal, no entanto, o indicador somou a oitava queda mensal consecutiva

Dinheiro

O número de registros de inadimplentes encerrou o primeiro trimestre do ano de 2024 com alta de 4,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Boa Vista, uma companhia Equifax, e abrangem todo território nacional. Na variação mensal, no entanto, o indicador somou a oitava queda mensal consecutiva, recuando 0,46% em março na comparação com fevereiro, na série com ajuste sazonal.

Na série de dados originais, os registros recuaram 2,35% em março na variação interanual, após ter avançado 8,3% em fevereiro nesta base de comparação. Na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, o indicador desacelerou seu ritmo de crescimento de 3,0% em fevereiro para 2,1% em março de 2023.

“Este foi o oitavo recuo consecutivo no indicador, algo que já era esperado em função da melhora que tem sido observada mês a mês nos fatores condicionantes, com destaque para os números de emprego. A taxa de desemprego, por exemplo, continua recuando e os dados, de modo geral, têm até surpreendido o mercado, uma vez que essa resiliência do emprego não tem exercido pressão sobre a inflação e gerando dúvidas sobre qual seria a taxa neutra de emprego para a economia brasileira neste momento”, avalia Flávio Calife, economista da Boa Vista.

RECUPERAÇÃO

Já o Indicador de Recuperação de Crédito da Boa Vista registrou crescimento de 0,46% em janeiro na comparação mensal dessazonalizada. Contra o mesmo mês do ano anterior o indicador desacelerou o ritmo de crescimento, mas ainda segue com elevação expressiva, avançando 6,4% em março. Em relação ao mesmo trimestre de 2023, o indicador apontou alta de 11,83%, e na análise acumulada em 12 meses, passou de 20,6% em fevereiro para 19,7% em março.

“A recuperação de crédito tem apresentado forte evolução nos últimos meses, impulsionada pela melhora das condições financeiras do consumidor, com aumento na renda real e redução do endividamento, além das renegociações de dívidas proporcionadas pelo programa Desenrola”, finaliza o economista da Boa Vista.

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