A barragem 14 de julho, no município de Bento Gonçalves colapsou por volta das 14h30 desta quinta-feira. A tendência é que o nível do rio suba de 2 a 6 metros nas próximas horas. O rompimento da barragem no Rio das Antas deve ampliar ainda mais os efeitos da enchente na Serra e no Vale do Taquari.
“A gente está com uma situação muito complexa. Tivemos o estou da barragem de forma parcial e isso gerou uma onde de 2 metros que fez o rio subir ainda mais. Precisamos que a população saia da beira do rio e vá para áreas mais altas”, declarou o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira, ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.
Por conta das condições climáticas, os helicópteros do Exército que auxiliam os equipes não estão conseguindo decolar da base aérea de Santa Maria.
“Já conseguimos evacuar a linha Alcântara. Ainda temos bastante gente ilhada, bastante gente isolada que precisa deste auxilio. Precisamos salvar essas pessoas o mais rápido possível e é o que estamos fazendo manualmente, passando por cima de barreiras, a gente está passando por cima de desmoronamentos, com o Corpo de Bombeiros, com voluntários e com o pessoal da prefeitura se arriscando para salvar essas pessoas. É a maior catástrofe da história do Rio Grande do Sul”, declarou.
A orientação aos moradores que vivem em locais próximos aos rios das Antas e Taquari é de que deixem suas casas imediatamente. A projeção, segundo Segabinazzi, é de que o nível da água suba até 4 metros rapidamente. Com a cheia do rio, os locais que devem ser afetados são: Cotiporã, São Valentim, Santa Bárbara, Santa Tereza e Muçum, antes de seguir pelo rio Taquari até atingir outros municípios. O governador Eduardo Leite, acompanhado do vice-governador Gabriel Souza, vai conceder entrevista coletiva por volta das 18h, para atualizar a situação do Rio Grande do Sul.
