Planos de ação de rua começam a se intensificar com a proximidade do inverno em Porto Alegre

Anualmente são realizadas cerca de 10 mil abordagens para tentar reduzir o número de pessoas morando nas ruas da capital

Foto: Mauro Schaefer/CP

Os dados fornecidos pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania revelam que, no ano de 2023, um total de 3306 gaúchos viviam em situação de rua em Porto Alegre. O Plano Municipal de Combate a Situação de Rua que é executado pelos serviços socioassistenciais e unidades de Acolhimento Institucionais da Fundação de Assistência Social e cidadania (FASC), e Rede Municipal  prevê a redução de pessoas em situação de rua em até 80%, em quatro anos, no município de Porto Alegre. 

De forma articulada, o Plano fomenta a alteração do cenário e domicílio nas ruas, pretendendo a reinserção no núcleo da família de origem, da renda e na comunidade. A partir da implantação de cuidados permanentes que se antecipem a situação de rua moradia.

Com a ampliação da abordagem noturna em Porto Alegre, na modalidade de busca ativa, mais de 360 pessoas em situação de rua aceitaram o atendimento e foram encaminhadas ao acolhimento em albergues noturnos nos últimos seis meses. O serviço – que começou no projeto-piloto com a busca ativa ate as 23h, em setembro do ao passado -passou a ser realizado, durante a semana, das 20h até meia-noite. Conforme o secretário municipal de desenvolvimento social, Léo Voigt, são feitas 10 mil abordagens por ano na capital para tentar diminuir o número de pessoas em situação de rua.

“Como conseguimos aumentar o número de abordagens, o número de pessoas em situação de rua em Porto Alegre está estável. Mas ainda enquanto conseguimos acolher algun, novos estão chegando às ruas”. 

Os desentendimentos familiares, questões financeiras e o uso de drogas e álcool estão entre as principais causas que levam à situação de rua. Ainda de acordo com o secretário, alguns desses grupos mais vulneráveis também procura algum tipo de trabalho informal nas ruas para o próprio sustento na região onde vive. 

“Há um grupo que usa as ruas como estratégia social de sobrevivência, pois ali eles conseguem doações e exercem atividades econômicas como flanelinhas e catadores para adquirir recursos para  o sustento”.  

Com  previsão de chuva e frio nos próximos meses a expectativa é de que a operação inverno organizada pela Fasc comece no mês de junho, oferecendo mais vagas em abrigos e albergues. Ginásios municipais também devem abrir eventualmente em situações climáticas específicas para acolher quem precisa, além dos atendimentos em restaurantes populares que já ocorrem ao longo do ano. 

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