Polícia Civil prende 11 em operação contra telentrega de drogas no Vale do Sinos

Prisões são fruto da segunda fase da Operação Delivery, nesta quarta-feira

Draco de São Leopoldo faz segunda ofensiva contra telentrega de drogas no Vale do Sinos | Foto: Polícia Civil / CP

Um esquema de telentrega de drogas é alvo da segunda fase da Operação Delivery, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira, no Vale do Sinos. Oito suspeitos foram presos preventivamente e outros três, em flagrante.

Participam da ofensiva 32 agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, divididos em 12 viaturas. As diligências ocorrem no município e também em Portão, Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha.

A ação ocorre após a Justiça conceder autorização para que os investigadores pudessem se passar por clientes do esquema e fazer a compra de entorpecentes. O objetivo da medida foi comprovar a prática do tráfico, o que acabou sendo feito.

Relembre a primeira operação

Em agosto do ano passado, aconteceu a primeira fase da Operação Delivery, quando dois homens foram presos. Na ocasião, foi revelado que a quadrilha mantinha grupos no WhatsApp, através dos quais negociava a venda de drogas, principalmente de cocaína, com os usuários.

Na época, um dos grupos utilizados para o tráfico se chamava ‘Tele Bala Online’. A compra das drogas era realizada via Pix ou por pagamentos em dinheiro, feitos no momento da entrega.

Ocorre que um dos presos foi solto, após audiência de custódia, e deu continuidade ao esquema. Esse é o motivo da nova etapa da ação, deflagrada nesta manhã após dois meses de investigações.

De acordo com o delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, os suspeitos estudaram os métodos aplicados na primeira fase da operação e deixaram de se comunicar através de grupos. O contato com os usuários passou a ser feito individualmente, na tentativa de despistar os investigadores, através de um perfil chamado ‘Tele do Papaizinho’.

“Logo após o encerramento da primeira fase, constatamos que o grupo criminoso se reorganizou e adaptou suas práticas. Os investigados claramente estudaram a metodologia da Draco, para tentar evitar novas prisões.”

“Nesta segunda fase, para fugir da polícia, os investigados não mantiveram grupos, mas realizaram tratativas por contatos individuais com cada usuário. A intenção era evitar que se caracterizasse a associação criminosa entre os traficantes. Diante disso, tivemos que inovar as técnicas de investigação e conseguimos identificar o novo esquema”, afirmou o delegado.

Ainda segundo Martins, durante as apurações, o mesmo criminoso que havia sido solto na audiência de custódia tentou atropelar um agente da Draco. Ele conta que o fato aconteceu no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, quando o policial tentou abordar o investigado.

“Esse traficante, no momento da abordagem, reconheceu o policial e acelerou o automóvel com intuito de atropelá-lo. Ele conseguiu atingir o agente, que por sorte foi arremessado ao solo e apenas lesionou o joelho esquerdo”, contou.

O fato aconteceu no início do mês. Em 9 de março, o criminoso foi preso preventivamente por tentativa de homicídio.

Além dele, outro suspeito foi preso no último dia 15. Esse segundo homem é apontado como líder do grupo e estava foragido desde a primeira fase da investigação, no ano passado.

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