Os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, prometeram acompanhar a investigação sobre a prisão do motoboy negro que foi detido na tarde deste sábado, 17, em Porto Alegre.
Almeida foi o primeiro a se manifestar, por volta das 8h da manhã, defendendo que as “instituições passem a analisar de forma crítica o seu modo de funcionamento e aceitar que em uma sociedade em que o racismo é estrutural”.
Relembre o caso
A gravação de uma briga ocorrida no sábado gerou debates sobre racismo. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem negro, sangrando, enquanto é detido por policiais militares na rua Miguel Tostes, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre. Testemunhas afirmam que ele foi esfaqueado após discutir com um homem branco e grisalho. Na versão delas, os soldados prenderam a vítima por motivações racistas.
De acordo com o professor de filosofia Renato Levin Borges, que testemunhou e gravou o desentendimento, o fato ocorreu próximo ao meio-dia. O agressor estaria incomodado com a aglomeração de motos em frente a calçadas e restaurantes. Durante o bate-boca, segundo o relato, ele teria desferido um golpe de faca no pescoço do motociclista.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, determinou a abertura de sindicância para apurar as circunstâncias da ocorrência.