A grande maioria dos minimercados gaúchos contam com a oferta de setores específicos de frios e laticínios (93,0%), hortifrutigranjeiros (89,9%) e açougue (86,8%), também sendo comum a presença de padaria (68,3%). Este é o resultado da segunda rodada do ano da pesquisa de Minimercados com informações de 385 entrevistas em estabelecimentos optantes do Simples Nacional.
No eixo de perfil da pesquisa são encontradas informações a respeito do tempo de atuação, da quantidade de trabalhadores, o número de estabelecimentos e também se o prédio em que a operação é realizada é locado ou do proprietário. A pesquisa traz aspectos financeiros relacionados à organização das finanças do negócio, bem como as relações com instituições financeiras e os fornecedores. Entre os resultados sobre a frequência de análise das finanças, ainda que a maioria realize mensalmente (50,9%) e 4,7% o façam semanalmente, 41,0% não fazem acompanhamento frequente.
“O fluxo de caixa é a espinha dorsal de qualquer negócio. Entender as regularidades e sazonalidades, assim como avaliar o resultado operacional e acompanhar o comportamento das finanças de forma frequente, são pontos chave para entender a dinâmica do negócio, suas oscilações, seus pontos críticos e, assim, poder elaborar estratégicas para potencializar suas vendas e evitar desperdícios. Avançar nesse controle é fundamental para buscar bons resultados, em todos os segmentos” comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
RECURSOS PRÓPRIOS
Os dados revelam, ainda, que diante da necessidade de tomar dinheiro emprestado, a maior parte dos entrevistados recorrem a recursos próprios dos sócios (63,4%), tanto que 74,5% relatam não haver endividamento, ou seja, informam não estar usando atualmente nenhuma linha de crédito. Entre os endividados, prevalece uma percepção de endividamento baixo ou controlado.
Relacionado a aspectos de gestão, os dados mostram 58,2% dos estabelecimentos dispõe de controle informatizado de vendas e de estoques; os 41,3% que não fazem esse controle correspondem àqueles que controlam apenas as vendas (22,9%), apenas os estoques (3,1%), ou que não dispõe qualquer controle informatizado (15,3%). Sobre o acompanhamento do desempenho das vendas, 50,4% relatam fazer continuamente e 47,8% de forma esporádica; 1,8% indicam não fazer essa avaliação. A sondagem também mostra, em relação à percepção sobre o equilíbrio entre receitas e despesas do negócio, que para 65,5% dos entrevistados os resultados são positivos (receitas maiores que despesas), enquanto 30,9% indicam que as receitas são apenas suficientes para pagar as despesas, mas não há lucro; 2,9% não souberam avaliar e 0,8% indicaram situação de déficit.
Sobre a percepção qualitativa quanto ao desempenho das vendas, 80,8% avaliam como boas as vendas nos últimos 6 meses. Para 7,2% o desempenho foi regular ou ruim, e em 12,2% dos casos foi, pelo menos, muito bom. Para 88,6% dos entrevistados as vendas nesse período atingiram as expectativas, enquanto para 8,6% o realizado superou o que era esperado. Nas questões relacionadas aos empecilhos ao crescimento dos negócios, o alto custo para manter os estoques foi o mais citado (36,4%) seguido de carga tributária (28,1%) e baixo crescimento econômico (27,3%).
Em termos de expectativas para vendas, a maioria acredita que se mantenham estáveis nos próximos 6 meses (58,2%). Apenas 0,6% esperam piora e 41,3% esperam melhora. Para o desempenho da economia, em 50,9% dos casos se espera estabilidade e apenas 2,0% creem em piora; 47,0% esperam melhora.