A Polícia Civil divulgou, nesta quarta-feira, que a “Operação La Lumière” já prendeu seis mães que submetiam crianças a um esquema de exploração sexual coordenado por Jelson Silva da Rosa, de 41 anos, em Imbé, que também foi preso. O criminoso, ainda segundo a corporação, oferecia valores às mulheres em troca da permissão para cometer os abusos.
Conforme a delegada Camila Defaveri, as vítimas tinham entre um e 12 anos de idade. O investigado, ainda segundo a policial, chegava a oferecer até R$ 3 mil pelos encontros com as crianças, sendo que as quantias disponibilizadas podiam variar de acordo com o tipo de abuso.
“O ‘cardápio’ com valores dos abusos continha, inclusive, imagens de animes, já com o modelo do abuso. Após a combinação, era marcados encontros, em locais reservados ou em uma de suas residências, em Imbé”, declarou a titular da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente
Defaveri também destacou que o criminoso conhecia as mulheres através de sites de prostituição. Ele as enviava, então, tabelas de valores a serem pagos em troca da prática de abusos contra os filhos delas.
Jelson Silva da Rosa é empresário e atua na área de tecnologia da informação (TI). No momento da prisão, ele ainda tentou quebrar um celular e um computador, que acabaram sendo apreendidos pelos policiais para serem periciados.
1ª Fase
Em abril, foram realizadas buscas em duas residências do investigado, em Imbé. No local, foram apreendidos instrumentos sexuais e medicamentos calmantes de venda controlada.
Na mesma ocasião, foram localizados aparelhos celulares e notebooks com histórico de conversas com uma mulher que, em troca de valores, submetia as três filhas aos abusos. O criminoso, desde então, segue preso na Penitenciária Modulada de Osório.
A ação ainda resultou, em Porto Alegre, na prisão de uma mulher, de 32 anos, suspeita de ter submetido aos abusos as três filhas – de 8, 10 e 12 anos de idade.
2ª Fase
No dia 17 de maio, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, em Porto Alegre, Alvorada e Cachoeirinha.
Os policiais realizaram buscas na casa de uma mãe, de 26 anos, em Cachoeirinha. Estudante da faculdade de veterinária e digital influencer, ela submetia a filha de 6 anos aos abusos.
Outra investigada, de 23 anos, moradora de Alvorada, era garota de programa, aluna do curso técnico de enfermagem do Hospital Conceição. Ela submetia aos abusos as filhas, de um e três anos.
As três mulheres investigadas foram presas preventivamente.
3ª Fase
4ª Fase
5ª Fase
6ª Fase
Vítimas ou testemunhas de violações de direitos de crianças e adolescentes podem efetuar a denúncia através do Disque 100, serviço do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A ligação é gratuita, funciona 24 horas e pode ser feita de qualquer parte do Brasil, todos os dias da semana. Também é possível realizar a denúncia pelo site. Nos dois casos há a possibilidade do anonimato.
Em casos de violência contra mulheres e meninas, seja violência psicológica, física, sexual causada por pais, irmãos, filhos ou qualquer pessoa. O serviço é gratuito e anônimo.
A Polícia Militar deve ser acionada em casos de necessidade imediata ou de socorro rápido. O número 190 recebe ligações de forma gratuita em todo o território nacional. Também é possível acionar as Delegacias Especializadas de Proteção à Criança e ao Adolescente.