Ministra fala em melhorar conectividade no país; RS pode ter PPP no setor

Titular da Pasta da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck participou de evento da Estratégia Nacional de Governo Digital, em Porto Alegre

Foto: Ricardo Giusti/CP

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou, em Porto Alegre, que o governo federal pretende investir na qualificação da conectividade em todo o país. “A gente sabe que 650 milhões de brasileiros acessam serviços digitais por meio do celular, mas, em geral, com pacote de dados muito restrito”, disse.

A declaração ocorreu durante a primeira oficina de elaboração da Estratégia Nacional de Governo Digital, realizada no Instituto Caldeira. O evento, promovido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, em colaboração com o governo estadual, também teve a participação chefe do Executivo gaúcho. Eduardo Leite disse que não descarta uma parceria público-privada (PPP) para qualificar a infraestrutura de internet no Rio Grande do Sul.

“A gente analisa alternativas, eventualmente, até uma parceria público privada para expansão de estrutura de tecnologia de dados para fazer sempre chegar mais próximo do cidadão a internet com qualidade”, disse.

No evento, o tucano disse ainda que discordâncias ideológicas com o governo federal não se sobrepõem à atenção aos cidadãos. “Por maiores que sejam as divergências de como o governo deva se organizar, como deva prestar determinado tipo de serviço, sempre que houver convergência, a gente tem a obrigação de trabalhar em conjunto”, afirmou Leite.

Carteira digital

Segundo a ministra, o foco da pasta é na carteira digital, também chamada de novo RG. “A nossa meta é que, até novembro, todos os estados sejam capazes de começar a emitir, e, até o final do mandato do presidente, se for possível, que todos os brasileiros tenham a nova carteira”, disse a ministra.

O Rio Grande do Sul saiu na frente em número de emissões da carteira digital. Até fevereiro, mais de 100 mil pessoas já haviam realizado o encaminhamento, conforme a última atualização divulgada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).

Segundo a ministra, a ideia é que o QR Code presente no documento digital facilite cada vez mais serviços, que vão sendo adicionados ao sistema. O processo deve levar “alguns anos”, para atingir a totalidade, completou Esther.