Ex-superintendente da PRF no RS é alvo da PF em investigação que apura interferência nas eleições

Luis Carlos Reischak também ocupou a diretoria de Inteligência da corporação

Foto: Polícia Federal/Divulgação

O ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Sul e ex-diretor de inteligência da corporação, Luis Carlos Reischak, é um dos alvos da Operação Constituição Cidadã, que cumpre, nesta quarta-feira, 10 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. A investigação apura suposta interferência no segundo turno das eleições do ano passado.

A Polícia Federal investiga ainda a participação do ex-diretor de inteligência substituto, Rodrigo Hoppe, que também ocupou a chefia do Serviço de Inteligência da PRF no Rio Grande do Sul. As informações foram apuradas pelo portal R7.

A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 agentes da corporação.

A PF também lista como alvos Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, preso nessa manhã; Wendel Benevides, ex-corregedor-geral; Bruno Nonato, ex-PRF e hoje na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); Anderson Frazão, ex-coordenador-geral de Gestão Operacional; Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações, e Antonio Melo Schlichting Junior, ex-coordenador-geral de Combate ao Crime.

A Operação Constituição Cidadã visa esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral relativo ao segundo turno de 2022 em regiões do País onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva aparecia à frente em pesquisas de intenção de voto. De acordo com as investigações, integrantes da Polícia Rodoviária Federal podem ter direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores, em 30 de outubro, mediante patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país.