O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o ato de lançamento do novo programa Luz para Todos e do Linhão de Tucuruí, em Parintins (AM), nesta sexta-feira, para dizer que não teme possíveis atentados contra a vida dele. Nessa quinta-feira, a Polícia Federal prendeu um fazendeiro em Santarém (PA), suspeito de planejar um ataque ao petista durante a visita presidencial.
Lula reclamou de ser levado do aeroporto ao local do ato em um carro blindado, sem contato com apoiadores, e declarou que isso não vai se repetir. No fim do discurso, o presidente desceu do palco para cumprimentar e abraçar pessoas da plateia.
“Mulheres, homens e crianças na rua fazendo um sacrifício enorme para olhar se conseguia enxergar a gente e eu dentro de um carro como se estivesse dentro de um presídio”, reclamou. “Quero pedir desculpas às milhares de pessoas que estavam nas ruas do aeroporto até aqui e que sequer eu pude ver a cara das pessoas, cumprimentá-las”, disse ele.
“Há boatos de que em Belém também tem um cidadão que diz que ia me matar. Se eu tivesse medo, eu não tinha nascido. Se eu tivesse medo, eu não era presidente da República. Eu aprendi com minha mãe a não ter medo de cara feia. Cachorro que late não morde. Portanto, eu vou fazer desse país um país civilizado”, disse Lula.
O presidente também declarou que ganhou as eleições para atender aos pobres e trabalhadores, e “não a banqueiros e empresários”.
O ato em Parintins é o primeiro de uma série de compromissos do presidente na região Norte. Lula passa o fim de semana em Alter do Chão, local conhecido pelas praias de água doce do rio Tapajós. Na segunda feira, ele participa de compromissos em Santarém (PA). Depois, vai à Cúpula da Amazônia, em Belém (PA).
Antes de voltar a Brasília, o presidente da República ainda passa pelo Rio de Janeiro, onde lança o novo PAC na sexta-feira, 11.
*Com informações da Agência Estado (AE)