Extremistas acessaram wi-fi durante invasão ao Congresso e deixaram registrados nome e CPF 

Participantes da depredação em 8 de janeiro registraram dados para acessar o sistema; informações serão usadas como prova

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

Os manifestantes que depredaram o Congresso Nacional em 8 de janeiro deixaram para trás informações pessoais que serão usadas como prova dos crimes que cometeram. Ao acessarem o sistema de internet wi-fi da Câmara e do Senado, os extremistas cadastraram nome completo e CPF. Quatro pessoas foram identificadas, e tiveram os nomes incluídos em um ofício enviado pela Câmara dos Deputados à CPMI do 8 de Janeiro, que retomou as atividades nessa terça-feira.

Entre esses manifestantes, há uma mulher de Contagem (MG) e um homem de Teresina (PI), ambos atualmente monitorados com tornozeleira eletrônica. Outras duas pessoas foram identificadas somente agora e, por isso, não aparecem entre os suspeitos que tiveram os nomes divulgados pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.

A Advocacia-Geral da União buscou a Justiça pedindo que as pessoas que participaram da invasão e da depredação sejam condenadas a ressarcir os danos causados ao patrimônio público. Os prejuízos foram estimados em R$ 26,2 milhões até o momento.

Em maio, o Congresso Nacional instalou a CPMI do 8 de Janeiro para investigar a invasão e depredação na praça dos Três Poderes, incluindo a apuração de quem participou, financiou e incentivou o vandalismo.