Para lamentos do seu exército de torcedores, o Inter não consegue reunir muitos motivos para orgulhar-se de seu retrospecto recente. A despeito de sua história cheia de feitos relevantes, nos últimos anos, o time colorado não conquistou títulos e, além disso, acumula fracassos diante de adversários menos cotados. Mas o futebol é pródigo em sempre oferecer uma nova oportunidade de redenção. Para o Inter, ela passa pelo Monumental de Núñez, onde os colorados enfrentam o River Plate, nesta terça-feira, às 21h, pelas oitavas de final da Libertadores. O próximo e decisivo jogo ocorre na terça-feira da próxima semana, no Beira-Rio.
Para o clube, o confronto contra o gigante argentino é estratégico. O clube investiu bastante na última janela na contratação de jogadores como Aránguiz e Enner Valencia, inchando a sua folha salarial. Eduardo Coudet, cartada final do presidente Alessandro Barcellos para tentar recolocar o Inter na linha das conquistas na reta final da sua gestão, ainda não conseguiu nenhuma vitória no comando do time. Foram dois jogos, com um empate sem gols, na estreia, diante do Bragantino, fora de casa, e uma derrota, sábado passado, diante do Cuiabá, de virada por 2 a 1, no Beira-Rio.
“Vamos jogar uma série difícil, contra um dos candidatos ao título (da Libertadores), o atual campeão argentino. E nós estamos na metade da tabela do Brasileirão. A atualidade mostra que os favoritos são eles, mas vamos fazer tudo para passar”, afirmou o técnico colorado, após o revés diante do Cuiabá.
Coudet evitou dar pistas sobre os seus planos para a partida. Contra o Cuiabá, apesar do resultado ruim, já foi possível observar alguma evolução na forma de o time atuar. Principalmente no primeiro tempo, atuou no campo do Cuiabá e construiu chances. Depois da saída de Aránguiz, no intervalo, houve uma queda no rendimento e a virada no placar. O meia, aliás, apresenta desgaste físico e corre até o risco de ter que ficar de fora da partida no Monumental.
Se ele tiver condições de jogar, a tendência é que Coudet repita a formação. A principal preocupação do técnico é não sofrer gols em Buenos Aires, mas o baixo rendimento do ataque também é um problema. Valencia ainda não marcou gols pelo Inter, mas segue sendo prestigiado. Pedro Henrique, entretanto, já aparece como opção. “Temos que dar certo e começar a fazer mais gols. É algo que temos que trabalhar, pois fizemos apenas um gol nos últimos cinco jogos. Mas ninguém pode fazer mágica. Volto a dizer, preciso de tempo, mas não tenho. Então, tenho que assumir a responsabilidade de. Estou aqui para fazer dar certo o quanto antes”, seguiu.
Libertadores – Oitavas de final – Jogo de ida
River Plate
Armani; Casco, González Pirez, Paulo Díaz e Enzo Díaz; Aliendro, Enzo Pérez, Pablo Solari, Barco e De La Cruz; Beltrán. Técnico: Martín Demichelis.
Inter
Rochet; Bustos, Vitão, Mercado e Renê; Johnny; De Pena, Aránguiz e Alan Patrick; Wanderson (Luiz Adriano ou Pedro Henrique) e Valencia. Técnico: Eduardo Coudet.
Árbitro: Jesús Valenzuela (VEN)
Assistentes: Jorge Urrego e Tulio Moreno (VEN)
VAR: Juan Lara (CHI).
Data e hora: 1° de agosto, terça-feira, 21h.
Local: Monumental de Núñez, Buenos Aires (ARG).