A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça aumentou, a pedido do Ministério Público Estadual, a pena de Alexandra Dougokenski, de 35 anos, acusada de ter matado o filho Rafael Winques, de 11, em maio de 2020, em Planalto, no Norte gaúcho. Com isso, a pena sobe de 30 anos e oito meses para 38 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão e mais 8 meses de detenção. Além disso, os desembargadores rechaçaram por unanimidade as teses da defesa dela visando anular o júri, realizado em janeiro deste ano.
Alexandra responde pelos crimes de homicídio doloso quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima), ocultação de cadáver do filho, falsidade ideológica e fraude processual.
O procurador de Justiça Norberto Avena reforça que, em 33 anos de Ministério Público, esse se trata de um dos casos mais graves em que atuou na acusação. Já a procuradora Jacqueline Rosenfeld salienta a gravidade do caso e os requintes de crueldade da mãe, que agiu com frieza e de forma premeditada.
Rafael Winques teve o corpo encontrado dentro de uma caixa de papelão, depois de dias desaparecido, em 2020. Durante as buscas, Alexandra chegou a dar uma entrevista pedindo ajuda para encontrar o filho. Mais tarde, confessou o crime, indicando o local onde havia escondido o corpo. Durante o júri popular, ela acusou o ex-marido pelo assassinato e deu outras quatro versões para o ocorrido. O pai do menino havia viajado a Bento Gonçalves no dia da morte do menino.