A Prefeitura de Porto Alegre contratou uma empresa para elaborar os estudos, laudos e projetos que vão embasar a demolição do Edifício Galeria XV de Novembro, conhecido como “Esqueletão”, no Centro Histórico da capital. Localizado entre a rua Marechal Floriano e a avenida Otávio Rocha, o prédio, desocupado em definitivo em 2021, oferece risco em razão de falhas estruturais e pelo fato de nunca ter sido concluído. Na última quarta-feira, a Justiça deu prazo de 15 dias úteis para que o Município apresente o cronograma dos trabalhos para derrubar a edificação.
Até o fim da primeira quinzena de julho, o material contratado vai ser entregue pela prefeitura, ainda dentro do prazo estipulado. A partir daí, devem ser divulgados os prazos e detalhes de cada fase.
Em abril deste ano, o juiz da 10ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central de Porto Alegre, Eugênio Couto Terra, autorizou a demolição com o reconhecimento da possibilidade de ressarcimento dos custos da efetivação com os proprietários do imóvel, na proporção correspondente a cada condômino.
Para o magistrado, “o laudo foi assertivo quando indica que a demolição é considerada a alternativa mais adequada técnica e economicamente”. “A situação atual não se mostra como aceitável, nem sob o ponto de vista técnico, nem sob o ponto de vista social”, disse Terra.
O juiz destacou, ainda, o risco iminente causado pelo prédio. “Inexiste justificativa plausível para manter a edificação no estado em que se encontra, sob pena de pôr em risco a vida das pessoas que transitam pelo local (…), bem como daqueles que eventualmente adentrarem e permanecerem no local para fins comerciais ou residenciais”, analisou.
Segundo o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos de Porto Alegre, Cezar Schirmer, a demolição do antigo prédio deve ser mais complexa que, por exemplo, a do antigo edifício da Secretaria de Segurança Pública, implodido em fevereiro do ano passado, após ter sido destruído por um incêndio. “Ele (Esqueletão) está localizado em uma região de muita movimentação. Tem prédios encostados nele”, lembrou.