O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta quinta-feira que a operação Escola Segura, cujo objetivo é prevenir ataques às instituições de educação, já efetuou 368 prisões e apreensões de menores em todo o país. Cerca de 1.595 suspeitos foram levados a delegacias para prestar depoimento.
Durante o período, 368 buscas e apreensões foram realizadas, e registrados 3.396 boletins de ocorrência. São 2.830 investigações abertas até o momento. A pasta também encaminhou 901 solicitações de preservação e remoção de conteúdos em redes sociais e 384 solicitações de dados cadastrais em plataformas do tipo.
De acordo com levantamento do Instituto Sou da Paz, 46 pessoas foram mortas em 20 anos em ataques a escolas do Brasil. Desde outubro de 2022, foram registrados 25 casos, com 139 vítimas. As armas de fogo causaram 35 mortes, enquanto as armas brancas foram responsáveis por 11 assassinatos — o que significa que ataques a tiros geraram três vezes mais mortes.
O último ataque se registrou no dia 19 deste mês. A estudante Karoline Verri Alves, de 15 anos, morreu baleada por um ex-aluno, de cerca de 20 anos, no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (PR). No ataque, o namorado da vítima, Luan Augusto, também ficou ferido. Levado em estado gravíssimo a um hospital, ele não resistiu, um dia depois.
No dia 21, o autor do ataque teve o corpo encontrado dentro da cela, na Casa de Custódia de Londrina. De acordo com informações preliminares, ele tinha um fio enrolado no pescoço. As autoridades policiais seguem investigando as motivações e circunstâncias do crime.
Armas de fogo
Dino informou, ainda, que a pasta deve apresentar em breve o projeto que trata das armas de fogo no país. Segundo o ministro, a ideia é abarcar novas regras, entre elas o impedimento de abertura de clubes de tiro próximos a escolas, que não haja funcionamento 24 horas desse tipo de estabelecimento. Além disso, a ideia é restringir a publicidade de clubes de tiro e venda de armas de fogo na internet.