O último boletim da Defesa Civil Estadual, divulgado às 14h10min desta segunda-feira, confirmou mais um óbito em Caraá, no litoral Norte, em razão do ciclone extratropical que passou pelo Rio Grande do Sul na semana passada. Com a vítima, um homem ainda não identificado, a cidade contabiliza quatro das 14 mortes registradas no Rio Grande do Sul. Seguem as buscas a um último desaparecido. A cidade, com 8 mil habitantes, segue com 3 mil pessoas fora de casa – 40 em um abrigo público e 2960 em casas de amigos e parentes.
Em Caraá, o coordenador da Defesa Civil, Antônio Augusto Borges, relatou que já foram distribuídos mais de 10 mil litros de água e uma quantidade superior a cinco toneladas de alimentos após os estragos da sexta. A área central da cidade já conta com sinal de internet e ainda há uma grande movimentação das equipes de resgate nas duas bases de operações, o CTG Sentinela dos Sinos e a Prefeitura Municipal, que fica em frente.
Existe ainda, em Osório, uma base montada junto à Escola de Formação e Especialização de Soldados, da Brigada Militar, onde vêm sendo tomadas todas as decisões operacionais e administrativas da Defesa Civil para dar atendimento às famílias em vulnerabilidade. As cestas básicas oriundas da capital são descarregadas em Osório para que sejam destinadas de acordo com as necessidades de cada prefeitura.
“Turismo do desastre”
No entanto, Borges chama a atenção para o “turismo do desastre”, um aspecto indesejável, mas que vem acontecendo desde o fim da semana passada, quando houve o ciclone. “Se você não tem relação com o desastre, não venha ao município. As pessoas estão vindo e tirando fotografias. Isto causa tumulto no trânsito e até atrapalha nossas equipes”, comenta ele.