O Ministério da Agricultura confirmou, na tarde desta segunda-feira, o primeiro caso de influenza aviária (H5N1) no Brasil. A doença apareceu em duas aves marinhas silvestres encontradas no Espírito Santo, uma no município de Marataízes e outra no bairro Jardim Camburi, em Vitória, ambas na região litorânea.
Os animais da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) foram resgatados ainda na quarta-feira passada, após notificação recebida pelo Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica.
De acordo com o Mapa, a notificação da infecção pelo vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre da doença. “E os demais países membros da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) não devem impor proibições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros”, esclarece a pasta.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também se manifestou. Veja a nota na íntegra:
Após confirmação oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária sobre existência de caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves marinhas migratórias no Brasil, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que a entidade e todo o setor produtivo, juntamente com a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) seguem mobilizados para o monitoramento da situação identificada no Espírito Santo, por meio do comitê de crise denominado Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária (GEPIA).
É importante reiterar que a situação foi registrada em duas aves marinhas migratórias, e não ocorreu dentro do sistema industrial brasileiro, que segue os mais rígidos protocolos de biosseguridade. Por isso, não há qualquer mudança em relação ao abastecimento interno de produtos. Também não são esperadas mudanças no fluxo de comércio internacional de produtos brasileiros, tendo como princípio as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Por fim, a ABPA ressalta que é totalmente seguro o consumo da carne de aves e ovos, segundo informações cientificamente respaldadas pela OMSA, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e outros órgãos reconhecidos internacionalmente.