O advogado Rodrigo Roca deixou, nesta quarta-feira, a defesa do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid, preso desde a semana passada por suposto envolvimento com fraudes em cartões de vacinação. Cid é alvo de investigação da Polícia Federal. Roca alegou razões profissionais e familiares para se afastar do caso.
“Renuncio à defesa dos interesses do Cel. Mauro Cid nos inquéritos em que figura como investigado, por razões de foro profissional e impedimentos familiares da minha parte”, escreveu, em nota, o advogado.
Roca mantém proximidade com a família do ex-presidente. Ele defendeu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”, entre 2020 e 2021, e atuou como chefe da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), no Ministério da Justiça e Segurança Pública, durante o governo de Bolsonaro.
O advogado também esteve na defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, preso desde 14 de janeiro por suposta omissão durante os atos extremistas de 8 de janeiro.
Roca deixou a defesa de Torres no fim de março, com o retorno do ex-presidente ao Brasil. O ex-ministro resolveu se desvincular de Roca por receio da ligação do advogado com Bolsonaro.
A proximidade com o ex-presidente também pode ter levado o advogado a deixar a defesa de Cid, segundo fontes informaram à reportagem.