China deve reconhecer status de zona livre de febre aftosa sem vacinação do Rio Grande do Sul

Secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, projeta que anúncio seja feito diante da presença do presidente Lula no país asiático

Foto: Alexandre Farina/Seduc/Divulgação

Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na China, durante esta semana, o Rio Grande do Sul deve ter confirmado o reconhecimento do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação pelo país asiático.

Nesta quinta-feira, em apresentação sobre os resultados da missão gaúcha à China, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, reforçou que o reconhecimento depende apenas da assinatura de um documento entre os governos brasileiro e chinês, prevista para ocorrer no fim de março, quando da missão realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Na ocasião, o presidente Lula não pode estar presente em razão de problemas de saúde.

O Rio Grande do Sul conquistou o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação desde maio de 2021, com a chancela da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Mesmo assim, como cada país adota um sistema sanitário diferente, é necessário o reconhecimento específico do status. Até o momento, a China considera somente o estado de Santa Catarina como livre de febre aftosa sem vacinação.

Segundo Polo, a partir do momento em que a certificação do Estado for aceita pelas autoridades chinesas, o mercado deve ser aberto para a suinocultura gaúcha exportar carne com osso e miúdos suínos, alguns dos quais hoje sem serventia no mercado nacional, como as patas do animal. “Por este produto a China chega a pagar 4 mil dólares a tonelada, e aqui vai para a graxaria”, comentou.