Bolsonaro alega à PF que não cuidava da burocracia para incorporar joias ao acervo da Presidência

Ex-presidente disse que só ficou sabendo da existência do conjunto apreendido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos um ano e dois meses após o ocorrido

Foto: GABRIELA COELHO/R7

No depoimento de quase três horas na sede da Polícia Federal em Brasília, para dar explicações sobre as joias que recebeu de autoridades da Árabia Saudita e que não foram declaradas ao entrar no país, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse que o objetivo era incorporar os conjuntos ao acervo da presidência, mas que não cuidava das questões burocráticas relacionadas a isso. As informações foram publicadas pelo Blog do Nolasco, do portal R7.

O ex-presidente chegou à sede da Polícia Federal às 14h15min, pouco antes do horário marcado para o depoimento. Em um carro descaracterizado, ele entrou pela garagem do edifício sem chamar a atenção.

O ex-presidente disse que só ficou sabendo da existência do conjunto apreendido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos um ano e dois meses após o ocorrido, e que pediu para a equipe recuperar as joias para não demonstrar desatenção com um presente oferecido por outro país.

Bolsonaro também argumentou que o ministério de Minas e Energia oficiou a Receita Federal dois dias após a apreensão e que ninguém no governo tentou ficar com os presentes. Ainda conforme o blog, o presidente respondeu todas as questões. Os três presentes foram devolvidos pela defesa de Bolsonaro por determinação do Tribunal de Contas da União.