Análise de digitais na minuta de golpe feita pela PF é inconclusiva

Única impressão reconhecida no documento que pretendia mudar resultado da eleição é a do ex-ministro da Justiça Anderson Torres

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

A Polícia Federal não conseguiu identificar as digitais encontradas na minuta de golpe, documento apreendido na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A única impressão digital confirmada é a de Torres, preso preventivamente desde o dia 14 de janeiro por suposta omissão em relação aos atos extremistas que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.

Agentes da corporação apreenderam a minuta de golpe em meio a uma operação de busca e apreensão autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, na casa do ex-ministro, que exercia o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando os atos extremistas ocorreram.

O documento, redigido em linguagem jurídica, propunha intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudança do resultado da eleição presidencial. Em depoimento à PF, Torres declarou que o documento era “lixo” e que fazia parte de uma pilha de papeis que pretendia incinerar, por não ter validade jurídica. Ele disse ainda não lembrar a origem da minuta.