O novo julgamento de Leandro Boldrini, acusado de participação na morte do filho, Bernardo Boldrini, ocorre a partir das 9h30min de 20 de março, no Salão do Júri da Comarca de Três Passos, no Noroeste gaúcho. O réu, julgado e condenado, juntamente com os outros três acusados, em 2019, teve o júri anulado em 10 de dezembro de 2021 pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). A juíza Sucilene Engler vai presidir o júri, que deve durar quatro dias.
Na primeira fase, de instrução, serão ouvidas em plenário 15 testemunhas, sendo cinco de acusação e 11 de defesa. Uma delas, porém, é comum às duas partes. O réu vai ser interrogado. Depois, na etapa dos debates, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) vai ter uma hora e meia para apresentar a tese acusatória. O mesmo período vai ser concedido à defesa de Leandro Boldrini. Caso decidam ir à réplica e à tréplica, cada parte ganha mais uma hora para reforçar as argumentações.
Bernardo Boldrini, 11 anos, desapareceu em 4 de abril de 2014, em Três Passos. O menino teve o corpo encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova vertical em uma propriedade às margens do rio Mico, na cidade vizinha de Frederico Westphalen.
No mesmo dia, o pai, Leandro Boldrini, e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos, suspeitos de serem, respectivamente, o mentor intelectual e a executora do crime, com a ajuda da amiga dela, Edelvania Wirganovicz. Dias depois, Evandro Wirganovicz se tornou o quarto preso, suspeito de ser a pessoa que preparou a cova.