O prefeito Sebastião Melo anunciou, nesta quinta-feira, a desistência de implantar um estacionamento subterrâneo no Parque Farroupilha (Redenção). Em setembro do ano passado, a Secretaria Municipal de Parcerias (SMP) apresentou pré-projetos de concessão à iniciativa privada do trecho 3 da orla do Guaíba, uma área da praia do Lami e dos parques Marinha do Brasil e Farroupilha, onde se previu a construção de um espaço com 577 vagas para veículos, abaixo do nível do chão.
“Lançamos uma consulta pública, nosso governo é de muito diálogo. Um dos temas combatidos era o estacionamento subterrâneo na Redenção. Quero dizer de pronto que está afastada esta proposta”, afirmou Melo.
O prefeito disse, ainda, pensar em uma concessão mais curta que os 30 anos previstos inicialmente. “Temos vários comércios que compõem o mercado do Bom Fim, o Refúgio do Lago, o Trenzinho e algumas dezenas de vagas de estacionamento que todo mundo utiliza, sem área azul”, lembrou.
Preliminarmente, o prefeito aventou a possibilidade de utilizar a área de um posto de gasolina desativado na avenida Osvaldo Aranha e as vagas citadas acima em um gerenciamento único de estacionamento. “Não temos um desenho ainda, estamos em fase de conversas internas com secretarias municipais”, explicou Melo, que lamentou a insegurança por que passa a Redenção, fator predominante que motiva a ideia de concessão.
“Tristemente tivemos aquelas luminárias cênicas, instaladas para os 250 anos da capital, furtadas da noite para o dia. Os banheiros, um dia têm luz, outro dia, não. Quebraram vasos sanitários e, também, os bebedouros. Peço compreensão da sociedade para encontrarmos uma solução juntos”, complementou.
Somente para o estacionamento subterrâneo, abaixo do Parque Ramiro Souto, próximo ao Auditório Araújo Vianna, era previsto um investimento de R$ 102 milhões. No entanto, a ideia dividiu opiniões, sendo criticada durante audiências públicas no fim do ano passado.
Em nota, a Prefeitura de Porto Alegre divulgou que “uma proposta atualizada de concessão está em estudo”, “considerando as contribuições recebidas na consulta pública e nas audiências públicas, além de aspectos de viabilidade técnica e econômica”.