O governador Eduardo Leite entregou, na noite desta quarta-feira, uma relação de ações que espera ver implementadas pelo governo federal para enfrentar a estiagem no Rio Grande do Sul. Após o gabinete da Presidência da República cancelar, na noite dessa terça, uma audiência entre Leite e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o secretário especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, André Ceciliano, recebeu o governador.
“A parceria com o governo federal é fundamental para que tenhamos não apenas ações de curto prazo, mas também de médio e longo prazos, estruturantes, para enfrentar a estiagem. Seguiremos pleiteando um encontro com o presidente Lula para que possamos construir essas soluções em conjunto”, afirmou o governador.
No documento entregue durante a reunião, realizada no Palácio do Planalto, Leite relaciona medidas que podem ser adotadas pela União, reforça a importância do setor agropecuário do Rio Grande do Sul na economia brasileira e pede que o governo federal inicie uma discussão em torno da legislação sobre reservação de água.
Dos 353 municípios gaúchos que já decretaram situação de emergência em razão da falta de chuvas, 272 já tiveram os decretos homologados pelo governo estadual, enquanto o federal reconheceu 236.
De acordo com a Sala de Situação do governo estadual, mesmo com o enfraquecimento do fenômeno La Niña, ainda são lentos o retorno das chuvas e a recuperação das lavouras depois de três meses e meio de estiagem. Nas duas últimas semanas de fevereiro, a distribuição das chuvas melhorou, mas o quadro tende a ser temporário.
Relembre
Na quinta passada, os ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), anunciaram um investimento conjunto de R$ 430 milhões para ações de mitigação dos efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul. Do valor total anunciado, R$ 100 milhões serão investidos pelo MIDR. Os recursos serão utilizados na contratação de carros pipas para distribuição de água e também na compra e doação de cestas básicas e de combustível, entre outras ações.