O Gabinete da Presidência da República informou, na noite desta terça-feira, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai mais poder receber o governador gaúcho Eduardo Leite para uma audiência agendada para esta quarta, a fim de discutir ações contra a estiagem. O Gabinete informou, ainda, que vai reagendar o encontro assim que possível.
Mais cedo, a assessoria de Leite divulgou que o objetivo era tratar de ações conjuntas emergenciais de enfrentamento à falta de chuvas, que já deixa 71,8% das cidades gaúchas em situação de emergência. Na audiência, que havia sido agendada para as 18h, no Palácio do Planalto, Leite pretendia pedir a Lula medidas adicionais às já anunciadas na semana passada em benefício de produtores que amargaram quebras de safra.
Além de ações imediatas, o governador previa iniciar uma discussão com o presidente sobre revisões na legislação federal em relação à reservação de água.
Até o fim da tarde desta quarta, 357 municípios haviam sinalizado decretos de situação de emergência à Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. Sete deles ainda não formalizaram o documento. Dos 350 decretos recebidos, o governo estadual homologou 226, enquanto o governo federal reconheceu 235.
Na quinta passada, os ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), anunciaram um investimento conjunto de R$ 430 milhões para ações de mitigação dos efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul. Do valor total anunciado, R$ 100 milhões serão investidos pelo MIDR. Os recursos serão utilizados na contratação de carros pipas para distribuição de água e também na compra e doação de cestas básicas e de combustível, entre outras ações.